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01/12/2011

Encontro aponta novos desafios para o avanço industrial em Lauro de Freitas

Sétima economia do Estado e PIB que mais cresce no país, Lauro de Freitas enfrenta um novo desafio para manter os níveis de desenvolvimento que lhe valeram o título de cidade mais dinâmica da Bahia, principalmente em relação ao setor industrial: a carência de espaços. Com apenas 59 quilômetros quadrados, uma das soluções apontadas nesta quarta-feira, na abertura do I Encontro do Setor de Indústrias de Lauro de Freitas, é a articulação com o governo do Estado para reaver áreas que foram doadas "aleatoriamente" a terceiros em gestões passadas.
Uma dessas áreas supera os 300 mil metros quadrados, na localidade do Caji, e foi doada à Conder e à Urbis, segundo Marcelino Santana, superintendente de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços da Prefeitura de Lauro de Freitas. "Estamos identificando estes vetores de expansão para habitação e criação de pólos industriais", destaca, em resposta a questionamento levantado, durante o encontro, pelo superintendente de Indústria Comércio e Mineração do Estado, Albert Hartmann.
O superintendente colocou como foco da política de atração de indústrias do Estado a interiorização do desenvolvimento, o fomento às cadeias produtivas com maior potencial e às micro e pequenas empresas, e o estímulo à utilização de energias renováveis como prioridades, citando a bacia do Joanes como potencial para a atração de empresas náuticas. Observou, no entanto, a necessidade de mão de obra qualificada. Esse, aliás, foi um dos pontos mais recorrentes no debate que traçou um diagnóstico da situação atual e apontou novos rumos para a indústria de Lauro de Freitas e entorno.
"Pesquisa feita pela FIEB (Federação das Indústrias do Estado da Bahia) mostra que 69% dos empresários locais apontaram a falta de qualificação profissional como maior problemática que enfrentam", alertou Alex Santiago, gerente do SENAI-Cetind, ao anunciar a implantação de novos cursos de qualificação profissional no município, o que vão permitir a capacitação e atualização exigidas pelo mercado de trabalho. Entre os municípios baianos Lauro de Freitas foi o mais contemplado em número de cursos.
Marcelino destaca o esforço do município nos últimos anos para qualificar mão de obra em todos os setores, em parceria com o Senai/Cetind, Senac, governo do Estado e iniciativa privada, buscando, inclusive, atender à demanda gerada pelo crescimento acelerado do município. "Este ano a Prefeitura lançou a campanha Empresa Amiga do Trabalhador, em 2010 criou a lei de estímulo às empresas, o PATER (Programa Municipal de Aceleração do Trabalho Emprego e Renda" Desde 2005 Lauro de Freitas está entre os municípios que mais geram emprego, chegando ao 4° lugar no país em 2009 em comparação com a população. Marcelino sublinhou os setores de cosméticos, construção civil e metalurgia como os que mais se destacam no município.
O vice-prefeito João Oliveira destacou o Sebrae como parceiro do município no fomento ao empreendedorismo individual e a importância do trabalho conjunto entre setores públicos e privados. Já o consultor e instrutor do Sebrae Noel Carlos, ressaltou a importância da internet que hoje possibilita abrir uma pequena empresa e obter os documentos na hora, através do portal do empreendedor. "Quem decide se tornar um empreendedor individual recebe suporte das ações que o governo Federal promove, e tem acesso à linhas de crédito voltadas ao ramo de negócio que escolheu", observou Noel, que falou sobre importância do segmento no desenvolvimento da cidade.
Para os empresários Plínio Bevervanso e Ricardo Moreira, do Grupo BB de insumos plásticos, o encontro foi uma oportunidade para conjeturar a expansão dos negócios. A empresa foi contatada pelos organizadores da Copa para a fabricação de brindes a partir de fibras de coco. "Estava faltando essa aproximação do poder público com o empresariado. Ninguém é feliz sozinho e garanto que essa parceria entre setor público e privado é a chave para um desenvolvimento sustentável no município", observou o diretor comercial, Ricardo.

Fonte:
Vilas Magazine
http://www.vilasmagazine.com.br/



 

 
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